segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
Prémio Pessoa 2016 - Frederico Lourenço
Fotografia de Marcos Borga
"Não se chega
à tradução da Bíblia sem um caminho percorrido. Nem, provavelmente, sem um dom.
Frederico Lourenço, que em criança chegou a pensar em ser teólogo, e ao longo
da vida adquiriu conhecimento em várias línguas é afinal, e sobretudo, o
helenista que, nos últimos anos, mais contribuiu para a uma compreensão
alargada das raízes gregas da nossa civilização, ao traduzir e explicar os seus
textos fundadores, a “Ilíada” e a “Odisseia”.
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sábado, 15 de outubro de 2016
Bob Dylan Nobel da Literatura 2016
Numa atitude irreverente e de mudança a Real Academia Sueca das Ciências, distinguiu na passada quinta feira, o cantor Bob Dylan com o Nobel da Literatura, por ter criado uma nova expressão poética na canção americana.
domingo, 9 de outubro de 2016
Escritor Possidónio Cachapa em Ponta Delgada
Fotografia Helena Frias
Ana
Cristina Gil, na sua apresentação, afirmou que neste romance encontramos três
eixos nucleares: primeiro a história de uma família, tendo na sua génese a incomunicabilidade
entre os
seus membros e uma vincada solidão"
« Talvez até tenha dito. Mas este não ouviu (...) Pai, fiz uma descoberta...» ia
dizer, mas não disse. Durante anos e anos, não disse." ; um retrato de
época de um país, Portugal, salazarista, provinciano, tacanho, onde o lugar das
mulheres se o há, é pura submissão, muito menos lugar para a homossexualidade;
por último a existência humana, e a procura de uma identidade nacional, numa
reflexão sobre onde nascemos, aquilo que somos e para onde vamos.
Durante
a sessão o escritor respondeu a questões colocadas pelos presentes na sala,
assim como aos que estavam em direto através da aplicação do Facebook. Possidónio
Cachapa explicou a importância dos livros, sendo estes um meio que nos ajuda a
saber mais e a compreender melhor o mundo. Disse ainda que "os livros não
se contam leem-se", desvendando um pouco do livro e do seu método de criação
literária, e que neste caso levou 7 anos a concluir o romance.
O
autor acredita na redenção do Homem, na redenção da humanidade, fazendo sentir
essa crença, quando possibilita a Samuel personagem basilar de "eu sou uma árvore", a sua própria
redenção «Então, finalmente, Samuel abriu
os olhos, (...) e, num grito que se ouviu bem longe, fez saber que continuaria
vivo. Que estava vivo. Ali, agora. No lugar que escolhera chamar «casa». A sua.
Até ao fim.»
Possidónio
Cachapa, escritor traduzido em várias línguas, agora publicado pela importante
editora Companhia das Letras, nesta sessão evidenciou uma boa interação com os
poucos leitores presentes no evento. O escritor nascido em Évora, viveu na ilha
Terceira no arquipélago dos Açores durante alguns anos. O autor destacou-se no panorama literário com
o emblemático romance "Materna Doçura" (1998), aclamado pela crítica
e considerado um dos maiores escritores da sua geração, para além da escrita,
revelou a faceta de realizador de cinema com o filme "Adeus á Brisa",
sobre vida e obra de Urbano Tavares Rodrigues.
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
MAAT a visitar
Arrojado, moderno, inovador é o novo espaço expositivo em Portugal, MAAT - Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia da Fundação EDP, um espaço que cruza várias áreas culturais. O projeto foi realizado pelo atelier de arquitectura Amanda Levete Architects. Esta é uma mais valia para a cidade de Lisboa.
Ver aqui
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
Numa Casca de Noz de Ian McEwan
Ian McEwan é um
dos escritores contemporâneos mais emblemáticos da sua geração,
notabilizando-se no campo das letras com vários romances premiados tais como: Amesterdão
vencedor do Booker Prize em 1998, Expiação em 2002, vencedor do prémio
US National Book Critics, como melhor livro de ficção adaptado mais tarde ao
cinema em 2007, pela mão do famoso realizador Joe Wright, tendo como atores principais
Keira Knightley e James McAvoy. O romance Na Paria de Chesil valeu-lhe
o Galaxy Book of The Year e Reader’s.
Numa Casca de
Noz é o mais recente livro do aclamado escritor Inglês, da rentrée literária, editado em Portugal pela editora Gradiva. No género literário de eleição de
McEwan - o romance - deparamo-nos com a mestria do autor em abordar temas
clássicos como o adultério e a traição, habitantes de muitas páginas da grande
literatura ocidental. Encontramos a explicação para o título na nota de
abertura do livro, numa reflexão sobre o poder, bem como, a ausência de
capacidade em mudar as coisas, remetendo o leitor para o mundo Shakespeariano,
em particular Hamlet, com a seguinte citação “Oh, Deus, eu podia estar fechado numa casca de noz e sentir-me rei de
um espaço infinito, não fora ter pesadelos.”
Mas, o que traz de novo este livro? Toda a
trama do romance é dada a conhecer através da fala vivíssima de um narrador
intrigante e peculiar, um nascituro. “PARA
AQUI ESTOU EU, de pernas para o ar dentro de uma mulher. Com os braços
cruzados, à espera, à espera e a perguntar-me dentro de quem estou, para que
estou aqui. (...) Agora completamente invertido, sem um centímetro de espaço
para mim, com os joelhos apertados contra a barriga, os meus pensamentos, tal
como a minha cabeça, estão no sítio devido. (...) Escuto, tomo notas
mentalmente e inquieto-me. Oiço conversas de travesseiro de intenções
mortíferas e fico aterrorizado com o que me espera, com o que pode envolver-me.
"
Narrador na
primeira pessoa o feto, sem nome, é especialista em vinhos franceses e
encontra-se numa situação de cumplicidade, testemunha (mesmo que não o deseje),
das intensões de Trudy, sua mãe, que ingere grandes quantidades de
álcool, amante do seu cunhado Claude, que conspiram em assassinar John marido e
pai da criança.
Mas, o que pode
ele fazer naquele espaço de clausura? Numa leitura suave e divertida, cabe ao
leitor descobrir.
domingo, 25 de setembro de 2016
Quêm lê
" Aquele que não lê, aos 70 anos terá vivido uma só vida.Quem lê terá vivido 5000 anos. A leitura é a imortalidade olhada para o tempo que nos precedeu..."
Umberto Eco
O Atlântico
Fotografia de Fotografia Rui Soares // Photography
" (...) lá ao longe domina o azul profundo do grande horizonte do mar, matinal e ventoso, um mar visto do alto, não um mar domesticado pelo turismo ou pelo hábito, mas o mar que separa e torna tudo longínquo, o Atlântico."
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